DEDO EM GATILHO

DEDO EM GATILHO

Dedo em Gatilho – O dedo que “trava”

Popularmente conhecida como dedo em gatilho, a tenossinovite estenosante dos flexores é uma condição caracterizada pelo travamento do dedo em uma posição dobrada, que se assemelha à posição do disparo de um gatilho de arma de fogo. 

Esse travamento é causado por uma inflamação do tendão do dedo, que gera rigidez e dor. Embora seja uma patologia fácil de diagnosticar, é importante que o paciente tenha o acompanhamento de um médico especialista em mão para avaliar e indicar o tratamento mais adequado.

Sintomas

Dor, rigidez, inchaço e estalos ao movimentar o dedo são os principais sintomas, que podem variar de acordo com a fase da doença.

Na fase inicial, o paciente sente desconforto na base dos dedos, palma da mão e/ou polegar, a área fica dolorosa e ao apalpar pode ser sentido um nódulo. Com o aumento do processo inflamatório, há maior limitação da movimentação e dor no trajeto dos tendões, podendo ocorrer o travamento do dedo. 

À medida que a doença avança, o travamento do dedo em gatilho piora e, consequentemente, a dor, não sendo possível destravá-lo nem com a ajuda da outra mão.

Fatores de risco

Não existem causas específicas para o Dedo em Gatilho, porém, movimentos repetitivos podem aumentar o risco do desenvolvimento da doença. Outros fatores de risco da tenossinovite estenosante são:

  • Diabetes;
  • Gota;
  • Hipo ou hipertireoidismo;
  • Artrite reumatoide;
  • Faixa etária acima de 40 anos;
  • Ser do sexo feminino, particularmente na menopausa, quando a irregularidade hormonal ocasiona retenção de líquido no organismo, causando inchaço nas mãos.

Diagnóstico e tratamento

O primeiro passo que deve ser dado a qualquer sintoma de Dedo em Gatilho é procurar um médico ortopedista especialista em mão para obter um diagnóstico assertivo. Em uma consulta clínica o profissional já consegue identificar o travamento do dedo e o nódulo que se forma no tendão acometido. Quando a doença ainda está no início, pode-se recorrer a exames de ultrassonografia para detectar o processo inflamatório característico da tenossinovite.

O tratamento do dedo em gatilho depende da fase da doença, mas geralmente o tratamento  consiste em medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios, fisioterapia, imobilização supervisionada pelo ortopedista, infiltração e, nos casos mais graves em que o paciente não obteve melhora com o tratamento convencional, indica-se a cirurgia.

Cirurgia

O procedimento cirúrgico é relativamente simples e rápido, podendo ser feito até mesmo em ambulatório, com alta do paciente logo após o procedimento e é realizado por um médico especialista em mão. Utiliza-se uma anestesia local para anestesiar a mão, e também pode-se administrar um sedativo para que o paciente durma durante o procedimento.

A cirurgia é realizada através de uma pequena incisão (corte) na palma da mão, ou apenas com a ponta de uma agulha. O objetivo do procedimento é alargar a abertura do túnel para que o tendão possa voltar a deslizar naturalmente.

Recuperação pós-operatória

A recuperação da cirurgia é tranquila e a maioria das pessoas consegue mexer os dedos logo após a operação. Nos primeiros dias é comum ter dor na palma da mão, e recomenda-se que a movimentação pós-intervenção seja feita com a mão virada para cima, evitando que o dedo fique inchado. Além disso, o paciente não deve fazer força ou levantar peso com a mão durante a recuperação.

Em 1 semana o paciente já pode estar totalmente recuperado. A recuperação costuma ser mais lenta nos casos crônicos, ou seja, quando o paciente esperou muito tempo para operar.

A boa notícia é que uma vez curado por intervenção cirúrgica, o dedo em gatilho não volta mais! Se acontecer é em outro dedo, mas nunca naquele que já foi tratado. Para que a cirurgia seja bem sucedida, busque um profissional qualificado, um médico ortopedista especialista em mão, que esteja apto a cuidar do seu problema do diagnóstico até a cura completa.

Se você tem algum dos sintomas e está entre os fatores de risco, ou conhece alguém que esteja, inclusive criança, não hesite em procurar um médico ortopedista especialista em mão para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento o quanto antes!